Veio, como sempre vem, subtil e silenciosa. Apoderou-se daquela parte de mim, emotiva e sensível, e deixou-se lá ficar.Tentei expulsá-la mas sem sucesso. Concluí que não posso lutar contra ela. Pensei que o melhor seria tentar a via do dialogo. Explicar-lhe que não podia chegar assim e deixar-me neste estado. Disse-me que compreendia, mas que tinha uma missão a cumprir, que sabia não ser fácil para mim, que era até doloroso demais, no entanto era necessário. Vinha obrigar-me a sentir e a reflectir sobre o que sentia, levar-me a atingir um patamar de reflexão claro e exaustivo, uma percepção real sobre tudo, em especial sobre ela própria e a razão da sua existência.
Remeti-me a um silêncio profundo.
Fui até ao alpendre e deitei-me na rede. Levei-a comigo. Deixei-me ficar quieta, apenas embalada pelo vento fresco de final de tarde e, reflecti. Ela obrigava-me a isso. Oprimia-me entre o sentir e o reflectir, atingi a percepção total e absoluta da permanência dela ali.
Sim. Percebi.
Ela estava ali, comigo, como única companhia de um final de tarde, porque tu exististe na minha vida, foste importante e mereceste o mais nobre dos meus sentimentos: o meu amor. E, estava ali também, para me dizer que tinha ocupado o lugar desse sentimento.
Sabes, sabes quem é ela?
Não?!
Já calculava...
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