Eram muitas as saudades, eram grossas e abundantes as lágrimas que lhe rolavam pelo rosto. Não sabia como as coisas tinham chegado àquele ponto...
Como fora possível permitir-se a tal ausência?
Como pudera acomodar-se a uma realidade que não era a sua?
Como... como se permitira ficar longe de casa, do rio, do ruído do comboio a rolar sobre os carris, do gemido das guitarras, dos fados sentidos, das ruelas, da cabra na velha torre?
Como?!
Ali, parada, a ver o rio, sentiu que algo ficara para trás. Procurou respostas para cada uma das questões. Os porquês eram abundantes e as respostas escasseavam....
Ah, como amava aquela cidade... como eram suas as águas daquele rio... e como sentia que ali era o seu lugar...
Percorreu a distância entre o Largo da Portagem e a Praça 8 de Maio, com um misto de angústia, saudade, felicidade e insegurança. Entrou na Igreja de Santa Cruz e, rezou. Rezou como nunca tinha feito. Agradeceu o facto de lá estar e, voltou a chorar pela incerteza de um futuro que, por si só, não lhe sorria.
Precisava urgentemente encontrar a alegria de viver.
Regressou ao hotel, entrou no quarto e atirou-se para cima da cama. E, chorou. Chorou tanto que se lhe esgotaram as lágrimas e adormeceu.
Acordou cedo decidida a lutar. Sabia o que queria. Queria ficar ali. Ali, naquela cidade, iria viver o seu presente e projectar o seu futuro. Ali, tinha certeza, seria feliz.
. Apetece-me dizer um palav...
. ...
. OBRIGADA, Bernardo Sasset...
. Cesária Évora - a outra f...
. Breves
. Sentir pena ou vontade de...
. Quereres
. De dois em dois o caracol...
. O que alguém escreveu sob...
. Saudade
. Pensamento (meu) sobre o ...
. Abraço
. Sim...