A cidade começa a intensificar o trânsito matinal, por volta das oito horas e trinta minutos.
É, também, por volta dessa hora, que depois de deixar os meus filhotes nas respectivas escolas, e deixar o jipe no parque de estacionamento, vou habitualmente ao café.
Como estava a chover, não me apeteceu iniciar o dia a secar roupa no corpo, entre no mini-autocarro e dirigi-me ao centro da cidade.
Ao atravessar a rua na passadeira, mesmo em frente à porta do café , medi mal a distância e bati no passeio com o bico da bota (sim, Tininha , as que comprei quando estive contigo em Coimbra...).
Caí, literalmente aos pés de um "Gulliver". À minha frente estavam uns pés que, supus, calçariam um mísero 48. Eu, no chão, sem conseguir parar de rir, imaginando-me uma lilliputiana ", com uma dor enorme no joelho esquerdo, que havia batido na beira do passeio, a ver as minhas colegas de café, entre divertidas e admiradas, mantendo-se à distância, com duas mãos enormes estendidas para me ajudarem a levantar e, sem me conseguir mexer, vi-me subitamente erguida nos braços do dito gigante e sendo transportada para o café.
Fui delicadamente instalada numa das cadeiras perto da porta. Após me ter questionado como me sentia, o gigante dirigiu-se ao balcão , pediu qualquer coisa que eu não consegui perceber, fez uma chamada pelo telemóvel, voltou a falar com o empregado do café e veio sentar-se ao meu lado.
Não levou muito tempo, o empregado surgiu com um saco com gelo, para o meu joelho e um pequeno almoço para dois.
Quando, julgava eu, não haver lugar a mais surpresas matinais, dirigiu-se à nossa mesa o resultado da chamada telefónica: um massagista, com a mala e tudo...
Recebi, após um exame ao joelho, umas massagens e alguns conselhos.
Fiquei a saber que o gigante era jogador de basquetebol, estava na cidade para efectuar um jogo naquele dia à tarde. Media 2,06 metros e calçava 49. Coisa pouca. Ainda menos significativa, se considerarmos que meço 1,45 metros e calço 33...
Cheguei atrasada ao serviço. Claro.
Durante todo o dia e ainda em alguns dias seguintes, fui brindada pelas gargalhas e sorrisos da minhas companheiras de café. Gargalhadas que se juntaram às minhas...
Como diz uma Amiga: Há coisas que só te acontecem a ti, Eusinha ! E, não é mesmo?
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