Há alturas na vida em que as circunstâncias nos obrigam a parar e pensar. Esta foi a altura.
A troca de sms, noite dentro, com o Pedro e a conversa contigo, levaram-me à conclusão, triste, que as coisas não estão bem.
Enquanto fiz a pé, o percurso entre Telheiras e o Colombo, fui-me questionando. Cheguei à conclusão que por algum motivo que me escapa, não sou feliz. Alturas houve em que achei e senti, que a felicidade era o meu estado de espírito habitual. Actualmente isso não acontece.
Revisitando mentalmente os últimos anos, não consegui perceber onde ou quando deixei a felicidade escapar.
Penso que se prende com um certo comudismo a que me votei e que não me é característico.
Descobri que não me sinto realizada.
A minha vida, num passado muito recente, limita-se a existir. O que é pouco. Para mim é pouco. Preciso existir porque... E, não esncontro os "porque"...
Faltam-me as cores quentes e vibrantes e a luz e o calor do sol.
Faltam-me os objectivos e os planos.
Falta-me saber para onde quero ir.
Falta-me aquele abanão, aquele empurrão.
Faltam-me os abraços dos meus filhos e de outras pessoas que amo.
Falta-me sentir que vale a pena amar.
....
Que fazer?
Que volta tenho de dar à minha vida?
Por onde começar?
Ultimamente as coisas acontecem de uma forma negativamente surpreendente. No entanto, quero acreditar que sexta-feira, vou tomar café no meu sítio de eleição: o Café Santa Cruz, em Coimbra!
Xo, xo forças negativas...
Qual é a diferença entre o Brasil e Portugal?
O Brasil tem um palhaço político; Portugal tem políticos palhaços.
... Portugal é um circo onde os políticos sãos os palhaços?
De pé, aplaudo a grande senhora do teatro, Mariana Rey Monteiro.
Neste país, estamos cada vez mais pobres... a cultura está mais pobre.
Conheci-o já lá vão muitos anos. Tantos que já não os conto. Um pouco por culpa do Raul que me falou do Festival Maré de Agosto e, me fez ir até à Ilha de Santa Maria, ou se calhar, um pouco por culpa deste meu gosto pelos artistas e que vai muito para além do espectáculo e do palco.
Lembro-me que havia uma discoteca, A Chaminé, e que foi para lá que foram os músicos e a organização do festival.
Eu, fui levada pelo Leo e pelos restantes músicos da Tânia Maria. O Max, com aquele seu jeito divertido e amigo de ser, explicava as entranhas da discoteca. Na visita guiada. levou-nos a um espaço vedado ao público. Lá, lembro-me bem, estavam a Tânia Maria, o marido, o Leo e eu.
Ouvimos todas as explicações, questionamos e divertimo-nos.
Passaram-se anos sem contacto. Quando nos encontramos, por culpa de um outro festival e de um grande amigo em comum, a amizade renasceu. Acompanhei de longe a luta. Sabia o que se passava. Mas ontem, ao saber que nos tinha deixado, senti-me vazia...
Homem da fotografia, amigo verdadeiro, dono de um sorriso fantástico e brilhante, um pai e tanto, fiel aos seus ideais e aos seus sonhos, contador de histórias fascinante, partiu ontem.
A tua família Max, está de luto. Para além deles, a tua ilha, os Açores, o Mundo, as Artes (fotografia, música e teatro), os teus Amigos...
Lembrar-me-ei de ti, do teu abraço e do teu sorriso e, sentirei ao longo da vida, o calor da tua amizade.
Obrigada, Amigo!
Descansa em paz!
Há uns meses atrás tinha cá em casa quatro máquinas de lavar roupa. Não eram novas, mas funcionavam todas. Duas tipo industrial e duas normais.
Acontece que, aquela que eu utilizava mais, avariou. Chamado o técnico, chegou-se à conclusão que o custo da reparação era superiror ao valor da máquina. Avançou uma das outras. Ao ligá-la, começou a deitar fumo por tudo o que era lado. Como já não era nova, não chamei o técnico e, juntei-a à outra para que a Câmara Municipal as viesse recolher.
Ainda tinha as duas tipo industrial. Diga-se que uma não trabalhava há um mês e a outra desde que vendera o apartamento onde ela estava.
Liguei a primeira e, funcionava. Boa! Carreguei-a com a roupa a lavar, seleccionei o programa adequado e toca de virar costas, confiante que tudo iria correr bem... Quando me dirigi ao quarto das máquinas para verificar se estava tudo bem, tinha o recinto inundado e a água saia da máquina por tudo o que era lado.
Juntei esta às outras duas e instalei a quarta no devido sítio. Ao ligá-la ela simplesmente não respondeu. O motor, por falta de uso, "colou".
Conclusão: tive de comprar uma máquina de lavar roupa nova.
Agora, a brincadeira parece querer repetir-se, mas com os computadores cá de casa.
No final do mês de Agosto, o meu portátil deixou de trabalhar. O meu marido levou-o ao técnico. Sabíamos que era o disco rígido. Quando chegou à loja, o "bichinho" funcionou. Até domingo... Domingo, "morreu" de vez! Ontem, o meu filho ligou o computador da comunidade (assim chamado porque está instalado no sótão e é utilizado pelo meu filho e pelos amigos dele sempre que precisam, quer para trabalhos quer para jogarem), ligou-o e ele nada... diagnóstico: disco rígido foi à vida.
Hoje, estou a escrever no computador da filhota. Mas, não posso utilizá-lo sempre. Só o posso fazer quando ela não precisar dele. Espero que este se aguente...
Como "o mar não está para lapas", estabelecendo uma ordem de prioridades, avançará logo que possível um disco rígido para o computador da comunidade e o meu bichinho ficará a descansar à espera de melhores dias, se eles vierem...
Nesta fase em que ainda estou de perna esticada, tinha conseguido um trabalho junto de uma investigadora universitária e que, para além de me manter ocupada, iria proporcionar-me a entrada de algum dinheirito extra, para, justamente, compensar a quebra no vencimento... Vou acabar este trabalho e já não me poderei comprometer com o outro que já está a ser preparado.
É caso para dizer que um azar nunca vem só...
Nota: Devo ficar ausente por algum tempo... Quanto?!
Habitualmente não o faço, mas hoje vou fazê-lo. Publicar aqui um texto que me chegou por e-mail.
Se hoje, estivesse no Porto, iria de certeza até ao número 67 da Rua de Belomonte, ao Pinguim Café. Desceria as escadas, instalava-me e ficava, calmamente, à espera que alguém, possivelmente o Rui, me transportasse para o país da poesia.
Tenho tantas saudades de alimentar a alma, com uma boa noite de poesia. Há quanto tempo não o faço?! Há algum...
Quem sabe, uma segunda feira qualquer, não vou tirar a alma da miséria... e, ouvir quem me queira satisfazer a alma.
Ontem, levei o dia todo com a certeza de que apenas a tua voz me traria tranquilidade. Precisava ouvir-te a dizer um poema... Hoje fui pequisar e, encontrei este... O mar... Sempre o mar...
P.S. Tenho muitas saudades tuas... Sinto falta daquele abraço...
. Apetece-me dizer um palav...
. ...
. Sentir pena ou vontade de...
. Quereres
. Quero
. De dois em dois o caracol...
. O que alguém escreveu sob...
. Saudade
. Pensamento (meu) sobre o ...
. Abraço
. Sim...