Voltei hoje ao Centro de Saúde e, desta vez não houve "tourada", antes pelo contrário, correu tudo muito bem. Finalmente consegui ver as radiografias do meu pé e soube qual o osso que sofreu o traumatismo. Foi um dos ossos do tarso, o cubóide. Apenas não gostei de ter de ficar em casa mais trinta dias. Mas tem de ser, para que o osso volte ao normal. Não sei se terei de fazer fisioterapia. Tudo vai depender de como estiverem os músculos, depois de tanto tempo parados.
Mas o motivo deste post é outro. Quando cheguei a casa, instalei-me no sofá e liguei o computador. Comecei por ver o correio. No meio a tantos e-mails daqueles habituais, havia um de um amigo com quem não estou há já algum tempo, e que passo a transcrever:
"Bom dia menina
Como está o pé? Pronto para as caminhadas?
Hoje acordei e pensei em ti. Lembrei-me do teu sorriso, orelha a orelha. Mais, lembrei-me da tua gargalhada e ri sozinho. Não conheço ninguém que ria como tu, com tanta vontade... é que a tua gargalhada nasce na barriga. Lol. Ok! Ok! Já te fiz soltar uma dessas gargalhadas. Boa!
Beijos com saudades.
J.F."
A verdade é que de início sorri. Depois, surgiu a gargalhada. Sim, dessas que nascem na barriga. Eheheheheh
Afinal, rir é o melhor remédio!
Domingo de manhã, um dia nublado mas, suficientemente quente, para que António planeasse ir até à praia após o almoço.
A viver sózinho, após a morte dos pais, ficou, com toda a lida dos campos e da casa por sua conta, para além do emprego.
Assim sendo, pôs roupa a lavar na máquina. O dijuntor disparou. Após várias tentativas e contínuos disparos do dijuntor, saiu de casa e dirigiu-se à mercearia para telefonar para a Empresa de Electricidade.
Quando voltou, reparou que do telhado saía um pequena coluna de fumo. Voltou à mercearia e telefonou para o posto dos bombeiros, que fica na freguesia vizinha, a sensivelmente dez minutos de distância tempo.
Aguardou e nada. Uma vizinha também ligou. Desta feita foi informada que não existiam bombeiros de plantão, pelo que teriam de vir os da cidade (ao que parece, por má gestão do comando central).
Os populares não sabiam o que fazer.
A madrinha do António, voltou a ligar para os bombeiros...
Passados uns quarenta e cinco intermináveis minutos, surge o carro tanque dos bombeiros (que entretanto se haviam perdido no caminho...) que, para espanto de todos, não trazia água, estava vazio.
Recorreram a uma boca de incêndio próxima que, também ela, estava seca...
Entretando de uma forma impiedosa, as chamas destruíram tudo o que o António tinha.
Todos os haveres que os pais lhe tinham deixado. Toda a sua roupa e calçado. A sua casa. Todos os seus registos de vida.
De um momento para o outro, António, ficou sem NADA. Sem bens materiais e sem a alegria de viver, que lhe era tão característica.
Tentamos saber o que de imediato faltava ao António. A madrinha, informou-nos que roupa é o mais necessário.
Entramos em campo, estabelecemos contactos, mas está a ser difícil. Camisas XL, calças 48 e sapatos 45, não é qualquer um que tem...
Continuamos à procura.
António, não estás sozinho! Não percas a esperança! Juntos vamos conseguir!
Nota: O Comandante dos bombeiros já veio a publico e mentiu.
A Junta de Freguesia deveria, até porque tem esse dever moral e cívico, instaurar um inquérito, para se apurar responsabilidades e, evitar
que situações deste tipo se voltem a repetir.
"Não é merecedor do favo de mel aquele que evita a colmeia porque as abelhas têm ferões"
William Shakespeare
Já não o via há alguns anos. Quantos? Não sei. Há alguns. Encontrei-o na Madeira, num fim de semana que lá passei.
Estava tão distraída a admirar a paisagem que, não reparei nos movimentos à minha volta.
Subitamente, sou abraçada e sinto-me suspensa entre dois braços fortes. Gargalhadas, fizeram-se ouvir à minha volta. O meu marido ria a bom rir, com o meu ar entre atrapalhada e surpreendida. O meu amigo C., também.
Refeita da surpresa, o abraço foi mútuo, forte, franco e com o calor de muitos anos de amizade. Foi óptimo rever um amigo de há quase 25 anos.
Agora, mantemo-nos em contacto. E, ontem, voltamos atrás no tempo e, regressamos à altura em que nos conhecemos.
Fiquei agradavelmente surpreendida, ao constatar que o meu querido amigo C. ainda se recordava de muitas da nossas conversas.
Mas, mais supreendida fiquei quando, e pasmem-se que também pasmei, o C. afirmou que sempre me achara uma mulher muito bonita. Quem, a mim?! A mim?!
Não sou propriamente um monstro mas, daí a ser uma mulher muito bonita, vai uma distância enorme...
No entanto, devo confessar que o meu ego, um tanto ao quanto diminuído neste últimos tempos, sentiu-se insuflar e crescerrrrrrrrr, CRESCERRRRRRRRRRRRRRRRRR!
Obrigada C., meu querido insuflador de egos.
Pois é! Hoje, precisava ser como a preta: ter dois corações...
Fico sempre dividida quando, os clubes pelos quais torço, se defrontam. E, logo hoje, em que chove a potes, venta que se farta, e em que ne sinto irritada com tudo, sim, logo hoje a Académica tinha de receber o Benfica???
Ah! E podem parar com as sms... Mas, podem continuar a rir-se à minha custa.
A última sms que recebi dizia o seguinte: "Ainda tens unhas??? É que a tua Académica vai jogar com o nosso Benfica... Lol. Bjs"
Com amigos como estes, quem precisa de inimigos?
... sinto-me pequena, perante a grandeza daqueles que muito sabem e, nem por isso se acham superiores. Com eles, humildemente, tenho muito a aprender.
Não tinha intenção de passar o ano de 2009 em revista mas, estar quietinha, impedida (temporariamente) de trabalhar, de movimentar-me bruscamente, pouco fica que possa fazer.
Dedico os meus dias à leitura, a ler os meus e-mails, teclar com os amigos, pôr a conversa em dia, visitar os cantinhos amigos, e reflectir.
Assim sendo, a análise a 2009, surgiu sem esforço. No inicio do ano, tinha referido que aquele seria um ano de mudanças. E, foi sem sombra de dúvida um ano em que ocorreram mudanças muito positivas na minha vida. Tive dias maus e situações menos satisfatórias. Claro que sim. Mas o saldo foi positivo.
Os bloqueios que teimavam em obstruir a minha vida, desapareceram, como que por magia, a partir do mês de Junho. Coincidência?! Não...
Conheci gente fantástica no segundo semestre de 2009. Envolvi-me num projecto, para o qual tinha sido convidada, que me proporcionou momentos de grande felicidade; encontrei amigos e conretizei sonhos; conclui projectos e deixei as mudanças acontecer.
Viajei um pouquinho, estive em Coimbra, revisitei o Piódão, passei uns dias em Vila Soeiro, levei os meus filhos à Serra da Estrela, enfim...
Mudei o visual... finalmente aconteceu!
Claro está que não consegui tudo sózinha.Tive a ajuda preciosa do meu marido, dos meus filhos, dos meus amigos e, pasme-se, até de quem eu julgava amigo e não o era.
Desculpem-me todos os que estiveram presentes na minha vida em 2009, mas impõe-se dois agradecimentos em particular: ao Lovenox (por tudo) e ao Pedro (por do nada ter surgido um irmão).
Beijinhos e obrigada.
Amigos, amigos verdadeiros, são tesouros. Posso orgulhar-me de ter alguns. Uns recentes outros que vem de tão longe no tempo, que não me lembro de não terem existido na minha vida.
Hoje, passei o dia com uma amiga de longa data. Foi muito bom. Muito bom mesmo.
Já não estávamos juntas há quase dois anos, pelo que apreciamos, e muito, esta oportunidade.
Aprecio estas minhas viagens a Lisboa, porque me possibilitam estes encontros.
Na minha visita anterior, fiz um desviozito até Coimbra. Aceitei, um convite do meu amigo Lovenox, e fui passar o fim de semana à cidade da minha paixão.
Fui recebida com o calor que a amizade proporciona. Senti-me em casa. Tão em casa que até cozinhei... Não sei bem de quem partiu a ideia, apenas sei que "assaltei" a cozinha lá de casa e foram confeccionados pratos vegetarianos. A L. gostou, o Lovenox nem tanto. Eheheheheh.
Gostei de revisitar o Piódão. Naquele final de tarde, envolto por uma luz diferente e uma tonalidade muito especial.
Posso dizer que foi um fim de semana inesquecível.
Obrigada amigos Lovenox e L. Sobretudo pelo calor humano, pelo carinho e pela amizade.
Nem sempre percebo a "arte". Mas a tua percebi-a. Percebi a mensagem, o contexto, as texturas, as cores, a palavra e o poema.
Sabes, penso até que um dos teus azulejos, seriam perfeitos para uma prenda de Natal apaixonada. Quem não gostaria de receber um azulejo teu, com a palavra "Amo-te" escrita?! Eu, adoraria!
Já imaginei, inclusivé, a parede da minha sala, com um painel teu... Porquê? Porque eu sou assim. A arte quando me toca, toca a sério. E a tua tocou-me. Obrigada. Acho que devemos agradecer o que de bom nos acontece. E os teus azulejos, foi e é algo de muito bom.
Quererão, porventura, os meus amigos saber de quem falo. Pois bem, falo de uma jovem com um talento fantástico, uma sensibilidade extraordinária, um sorriso bonito e um olhar doce. Ah! claro. O nome dela. Manuela. Manuela Pimentel. A artista.
A quem possa interessar, http://impressoesderisco.blogspot.com/. Aqui poderão encontrar um pouco do trabalho desenvolvido e perceber do que estou a falar .
.... se ao longo do percurso, me tivesses dito "Sawabona"!
Com um sorriso, ter-te-ia repondido "Shikoba"!
Sawabona: Eu respeito-te, eu valorizo-te, tu és importante para mim!
Shikoba: Então, eu existo para ti!
. Gostei!
. ...
. Amigos
. De dois em dois o caracol...
. O que alguém escreveu sob...
. Saudade
. Pensamento (meu) sobre o ...
. Abraço
. Sim...