Hoje, queria um quarto,
uma cama (não importa a largura),
rosas e velas espalhadas por todo o espaço,
um vinho fresco, para nos refrescarmos (e aquecermos de seguida).
Hoje, queria o teu beijo, o teu cheiro e o teu sabor,
o teu corpo nu...
Hoje, queria tanto, fazer amor...
Contigo!
Há alturas na vida em que as circunstâncias nos obrigam a parar e pensar. Esta foi a altura.
A troca de sms, noite dentro, com o Pedro e a conversa contigo, levaram-me à conclusão, triste, que as coisas não estão bem.
Enquanto fiz a pé, o percurso entre Telheiras e o Colombo, fui-me questionando. Cheguei à conclusão que por algum motivo que me escapa, não sou feliz. Alturas houve em que achei e senti, que a felicidade era o meu estado de espírito habitual. Actualmente isso não acontece.
Revisitando mentalmente os últimos anos, não consegui perceber onde ou quando deixei a felicidade escapar.
Penso que se prende com um certo comudismo a que me votei e que não me é característico.
Descobri que não me sinto realizada.
A minha vida, num passado muito recente, limita-se a existir. O que é pouco. Para mim é pouco. Preciso existir porque... E, não esncontro os "porque"...
Faltam-me as cores quentes e vibrantes e a luz e o calor do sol.
Faltam-me os objectivos e os planos.
Falta-me saber para onde quero ir.
Falta-me aquele abanão, aquele empurrão.
Faltam-me os abraços dos meus filhos e de outras pessoas que amo.
Falta-me sentir que vale a pena amar.
....
Que fazer?
Que volta tenho de dar à minha vida?
Por onde começar?
Se há dias, em que simplesmente, deveríamos ser surdos-mudos e transparentes, hoje é esse dia!
"Não é merecedor do favo de mel aquele que evita a colmeia porque as abelhas têm ferões"
William Shakespeare
A situação tornara-se insustentável. De dia para dia, olhar-te perdia o brilho e ouvir-te perdia o encanto.
Amar-te não tinha sabor a chocolate, nem a picante, nem a salgadinho. Amar-te já não sabia...
Adiar o inevitável, era prolongar um sofrimento. Eu não queria, tu não querias. Nenhum de nós merecia sofrer.
Culpas? Não, não existem culpas. Existem sim, diferentes formas de ver e viver a vida, os relacionamentos.
Tomei as rédeas. Pus as mãos nas ancas. Sacudi o corpo. Abanei a cabeça. Soltei os cabelos, do rabo-de-cavalo, onde se encontravam presos. E, decidi. Por ti, por mim. Decidi.
E disse-te: Adeus!
Voltei-te as costas. Assaltou-me um vazio.
E pensei: E agora?
P.S. Escrito a pedido da L.G.P.
Grande mulher!
A vida, sem nome, sem memória, estava sozinha.
Tinha mãos, mas não tinha em quem tocar.
Tinha boca, mas não tinha com quem falar.
A vida era uma, e sendo uma era nenhuma.
Então o desejo disparou sua flecha.
E a flecha do desejo partiu a vida pela metade, e a vida tornou-se duas.
As duas metades se encontraram e riram.
Ao se ver, riam; e ao se tocar, também.
Eduardo Galeano
Sonho de amor,
não é o que sonho contigo.
É o que sonho connosco.
Juntos!
- Se é loucura amar-te, SIM, estou completamente louca. Amo-te!
Não tenho por habito ouvir as conversas dos outros, mas as mesas estavam próximas, as costas das cadeiras roçavam uma na outra, e ouvi perfeitamente. Do outro lado, chegava até mim a voz de um homem.
- Dizes que me amas... Isso é loucura!
Porque amar alguém tem de ser loucura? Não percebi. Julguei que amar era o sentimento mais bonito que se pode ter por alguém. No entanto, gostei da resposta pronta...
- Se é loucura amar-te, SIM, estou completamente louca. Amo-te!
Nem sempre percebo a "arte". Mas a tua percebi-a. Percebi a mensagem, o contexto, as texturas, as cores, a palavra e o poema.
Sabes, penso até que um dos teus azulejos, seriam perfeitos para uma prenda de Natal apaixonada. Quem não gostaria de receber um azulejo teu, com a palavra "Amo-te" escrita?! Eu, adoraria!
Já imaginei, inclusivé, a parede da minha sala, com um painel teu... Porquê? Porque eu sou assim. A arte quando me toca, toca a sério. E a tua tocou-me. Obrigada. Acho que devemos agradecer o que de bom nos acontece. E os teus azulejos, foi e é algo de muito bom.
Quererão, porventura, os meus amigos saber de quem falo. Pois bem, falo de uma jovem com um talento fantástico, uma sensibilidade extraordinária, um sorriso bonito e um olhar doce. Ah! claro. O nome dela. Manuela. Manuela Pimentel. A artista.
A quem possa interessar, http://impressoesderisco.blogspot.com/. Aqui poderão encontrar um pouco do trabalho desenvolvido e perceber do que estou a falar .
Redescobri em mim
O desejo
De querer-te
De ter-te
De perder-me no jogo dos sentidos
De primeiro matar a sede e
Depois...
... depois saborear-te!
AMAR-TE!
. Quereres
. Gostei!
. Disse-te "Adeus!"... e ag...
. ...
. De dois em dois o caracol...
. O que alguém escreveu sob...
. Saudade
. Pensamento (meu) sobre o ...
. Abraço
. Sim...