Chegeui a Coimbra já tarde. Chovia.
Fui directa da estação para casa dos meus tios. O telemóvel não parou de tocar e as mensagens foram mais do que muitas. Era visivel a tua ansiedade para nos encontrarmos.
Insististe que tinha de ser antes do jantar. Argumentei, mas não serviu de nada. Vinhas não sei de onde e querias, porque querias, ver-me.
Foi engraçado. Não sabiamos muito bem como agir. Trocamos presentes de Natal e foste jantar.
Ainda não tinha terminado o jantar, já estavas a ligar, insistente, ansioso...
Foste buscar-me lá a casa.
A familia resolveu toda ligar-me naquela altura, lembras-te?
Levaste-me a passear por Coimbra. Após muito andar, levaste-me até ao Penedo da Saudade.
Aí tudo mudou de figura.
Eu não estava preparada e tu também não. Todo o carinho que sentiamos um pelo outro, revelou-se em algo muito maior quando nos beijamos. Foi especial...
Não conseguiamos parar. Havia magia, calor, desejo contido...
Ficamos, claro, pelos beijos que ainda hoje, passado um ano, sinto.
Festejamos, portanto, o 1ª aniversário do nada. Eu não tenho nada, para além de recordações...
Tu, tu nem te lembrarás, que há um ano viveste(e eu sei que viveste) momentos especiais.
Momentos que te fizeram balançar e, por não estares preparado desapareceste, deixando em mim uma dor enorme por não compreender o silêncio. Até hoje não sei se compreendo...
Mas também, o que é que isso importa? Para ti, nada. Para mim, para mim....
Ergo daqui a minha taça de champagne francês (luxos aos quais não me dou sempre) e brindo à VIDA. VIDA que num futuro próximo, será MÃE, já cansada de ser madrasta!
. De dois em dois o caracol...
. O que alguém escreveu sob...
. Saudade
. Pensamento (meu) sobre o ...
. Abraço
. Sim...