Ultimamente as coisas acontecem de uma forma negativamente surpreendente. No entanto, quero acreditar que sexta-feira, vou tomar café no meu sítio de eleição: o Café Santa Cruz, em Coimbra!
Xo, xo forças negativas...
Amigos, amigos verdadeiros, são tesouros. Posso orgulhar-me de ter alguns. Uns recentes outros que vem de tão longe no tempo, que não me lembro de não terem existido na minha vida.
Hoje, passei o dia com uma amiga de longa data. Foi muito bom. Muito bom mesmo.
Já não estávamos juntas há quase dois anos, pelo que apreciamos, e muito, esta oportunidade.
Aprecio estas minhas viagens a Lisboa, porque me possibilitam estes encontros.
Na minha visita anterior, fiz um desviozito até Coimbra. Aceitei, um convite do meu amigo Lovenox, e fui passar o fim de semana à cidade da minha paixão.
Fui recebida com o calor que a amizade proporciona. Senti-me em casa. Tão em casa que até cozinhei... Não sei bem de quem partiu a ideia, apenas sei que "assaltei" a cozinha lá de casa e foram confeccionados pratos vegetarianos. A L. gostou, o Lovenox nem tanto. Eheheheheh.
Gostei de revisitar o Piódão. Naquele final de tarde, envolto por uma luz diferente e uma tonalidade muito especial.
Posso dizer que foi um fim de semana inesquecível.
Obrigada amigos Lovenox e L. Sobretudo pelo calor humano, pelo carinho e pela amizade.
Fazia frio. Muito frio. De sobretudo, cachecol e luvas, quis, porque quis, sentar-me na esplanada. Nas docas gosto muito mais das esplanadas. Um chocolate quente (a ferver) e os patos a nadarem, indiferentes às águas geladas do Mondego. Quanta paz, quanta tranquilidade... Momento tranquilo e de encontro comigo e com o "meu" rio.
Acordo. A chuva bate forte nas persianas. Não há patos no rio. Nem sequer há rio. Há chuva. Muita chuva. É o acordar, numa manhã de sábado, com a sensação de que se está no local errado.
Coimbra! Quanta saudade...
Eram muitas as saudades, eram grossas e abundantes as lágrimas que lhe rolavam pelo rosto. Não sabia como as coisas tinham chegado àquele ponto...
Como fora possível permitir-se a tal ausência?
Como pudera acomodar-se a uma realidade que não era a sua?
Como... como se permitira ficar longe de casa, do rio, do ruído do comboio a rolar sobre os carris, do gemido das guitarras, dos fados sentidos, das ruelas, da cabra na velha torre?
Como?!
Ali, parada, a ver o rio, sentiu que algo ficara para trás. Procurou respostas para cada uma das questões. Os porquês eram abundantes e as respostas escasseavam....
Ah, como amava aquela cidade... como eram suas as águas daquele rio... e como sentia que ali era o seu lugar...
Percorreu a distância entre o Largo da Portagem e a Praça 8 de Maio, com um misto de angústia, saudade, felicidade e insegurança. Entrou na Igreja de Santa Cruz e, rezou. Rezou como nunca tinha feito. Agradeceu o facto de lá estar e, voltou a chorar pela incerteza de um futuro que, por si só, não lhe sorria.
Precisava urgentemente encontrar a alegria de viver.
Regressou ao hotel, entrou no quarto e atirou-se para cima da cama. E, chorou. Chorou tanto que se lhe esgotaram as lágrimas e adormeceu.
Acordou cedo decidida a lutar. Sabia o que queria. Queria ficar ali. Ali, naquela cidade, iria viver o seu presente e projectar o seu futuro. Ali, tinha certeza, seria feliz.
O dia não está com boa cara. Melhores dias virão e o "Portugal dos Pequenitos", que reabre hoje as suas portas, receberá muitas e muitas visitas.A minha também, espero.
Sinto-me bem quando lá vou. Não à entrada, porque os ingressos são caritos, mas depois...Depois, solto a minha criança interior, e sou igual a todas as outras, as que conseguem andar pelo seu próprio pé e, se perdem na emoção de entar e sair das casinhas, correr de uma para a oura, como se o tempo não chegasse para viver tamanha emoção.
Depois, vem os museus, as exposições e o aumentar o conhecimento. Há sempre coisas novas a aprender... Há sempre qualquer coisa que não estava lá na última visita, ou que estava mas a correria louca e o carrocel de emoções não deixou que nós a vissemos.
Eis um pouco da sua história, retirada do seu sítio na net:
"Situado em Coimbra, o Portugal dos Pequenitos é desde 8 de Junho de 1940, data da sua inauguração, um parque lúdico-pedagógico destinado essencialmente à Criança.
Nascido pela mão e pelo génio de Bissaya Barreto e projectado pelo arquitecto Cassiano Branco, integra desde 1959 o património da Fundação Bissaya Barreto , que tem como patrono este ilustre Professor.
Retrato vivo da portugalidade e da presença portuguesa no mundo, o Portugal dos Pequenitos é ainda hoje um referencial histórico e pedagógico de muitas gerações.
Para além de ser um espaço de aproximação de culturas e de cruzamento entre povos, o Portugal dos Pequenitos é também uma mostra qualificada da arte escultórica e arquitectónica que, pela miniatura e pela minúcia, ainda hoje encantam crianças, jovens e adultos."
O dia não começou da melhor forma. Cheguei ao serviço, para além de atrasada, completamente encharcada (até aos ossos).
Como se isso não bastasse, senti, de uma forma repentina, uma fome daquelas... e a ideia dos Pastéis de Tentúgal e das Espigas Doces de Montemor, não me saía da cabeça. Desde ontem que ando com esta fome especifica... Sempre que estou emocionalmente instável, sinto fome especifica. Há anos que é assim.
Saí para ir comprar qualquer coisa para comer. Na pastelaria onde fui, havia Pastéis de Tentúgal. Que felicidade...! Pois, só durou até eu o provar... Que desilusão! Que sabor horrível! Nem me quero lembrar.
Regressei ao serviço com uma... sandes de queijo.
Fui à net fazer uma pesquisa e o resultado da mesma, colocou-me, no mínimo, numa posição completamente desconfortável. Ainda não sei o que pensar.
O resto do dia, correu, entre sobressaltos e arrelias. Atrasos e a perda do meu telemóvel, deram-lhe o toque final.
Por tudo isto, decidi, e muito bem, encher a banheira de hidromassagem, com àgua bastante quente e perfumada, enfiar-me lá dentro, e deixar-me lá ficar a ouvir Bernardo Sassetti e o seu "Nocturno". Que delícia.
Lá fora a chuva cai, forte e cadenciada. Emite uma sonoridade muito peculiar e, eu ouço. Ouço e aprecio. Como sabe bem...
P.S. É urgente ir a Montemor-O-Velho comprar Espigas Doces. É-o, também, pedir à Tininha que me faça Pastéis de Tentúgal. O que me leva a concluir que é ainda mais urgente ir a Coimbra...
Estou na cidade da minha paixão. COIMBRA. Adoro esta cidade.
Hoje, apesar do tempo algo "arrepiado" fartei-me de andar a pé, pelos sítios onde gosto de estar. Senti-me bem ao fazê-lo. Matar as saudades, a família, os amigos, as recordações, as saudades, a nostalgia. Neste momento sinto que talvez seja a despedida...
Tomar o café no Santa Cruz., é maravilhoso. Apreciar as misturas, gente, música, odores, culturas.
Tão bom.
Logo vou para o Porto.
Red Bull, amigos, novamente as recordações...
Nota: Quando voltar a casa, prometo responder aos comentários.
Beijos a todos.
Sou uma eterna apaixonada. Vivo intensamente as minhas paixões. Algumas delas já aqui foram reveladas, nomeadamente a minha paixão por Coimbra.
Nesse contexto, recebi do meu amigo Lovenox , um vídeo fabuloso, sobre a cidade da minha paixão e saudade: Coimbra. Vídeo esse, que já vi e revi inúmeras vezes...
Obrigada, meu amigo, por esta prenda. Sei que este agradecimento peca por tardio, e peço desculpa por isso, mas fica aqui registado.
Estou como a manhã, cinzenta. Cinzenta e triste.
Não gosto que os planos me saiam furados, mas todos nós sabemos que isso acontece, com maior frequência do que o desejável e, hoje tudo corre e acontece ao contrário. Apetecia-me dizer uma série de asneiras, de palavras menos bonitas, mas de nada adiantaria. Antes pelo contrário, poderia piorar tudo.
O relógio despertou por volta das sete horas, levantei-me de um salto, cheia de energia, espreito pela janela, e é um dia escuro, triste e chuvoso que me saúda. Pronto. O dia estava estragado. A peregrinação, com aquele estado de tempo não poderia ser feita...
Volto ao quarto ainda indecisa. Quererão as minhas companheiras de jornada, arriscar?
Faço uma breve ligação telefónica e fico desde logo a saber que estava tudo cancelado. Ficaria para o próximo ano... Pois que seja... mas não gosto de adiar o planeado.
Ligo a máquina do café, ponho o pão na torradeira e, surpresa das surpresas, falhou a electricidade. Dirigi-me ao quadro central e estava tudo ligado. Tudo bem. Enquanto aguardo que a electricidade volte, decido ir tomar um banho. Um banho quente com alguns jactos de água gelada vão ajudar-me a suportar o dia. Pensei eu, e mal. Após alguns pingos quentes (que diga-se foram poucos), a água começa a correr gelada. Não era de todo o pretendido... Enrolo-me na toalha, vou até á botija e nova surpresa: vazia! Banho gelado.
Só havia uma alternativa, voltar para a cama.
Foi o que fiz.
A chuva caía forte. Embalou-me num sono doce. O sono transportou-me ao país dos sonhos. Encontrei-te lá. Nem sei porquê. Ultimamente nem tenho pensado em ti... Mas eras tu quem l á estava. Acusavas-me não sei de quê. Percebi que de entre muitas coisas, dizias que me tinha esquecido do dia 7 de Setembro e que te tinha mentido. Desculpa, mas eu nunca te menti. NUNCA! E, lamentavelmente, não posso dizer o contr á rio. Acordei sobressaltada. Eram onze horas.
Já tinha electricidade. Levantei-me. Preparei um café forte, fiz as torradas e apercebi-me que a tristeza tinha estendido o seu manto sobre mim. A energia que me tinha acompanhado durante toda a semana, tinha desaparecido. Senti-me cansada e sem forças para lutar fosse pelo que fosse.
Nem mesmo a possibilidade de uma alteração da rotina, nos próximos dias, me trouxe algum ânimo. A verdade é que sinto-me completa e absolutamente perdida.
Tentei pensar positivo, nas coisas boas que tinham acontecido nos últimos tempos. As etapas percorridas em direcção à concretização dos sonhos. Nada me conseguia animar. Nem mesmo o facto de já estar inscrita na Escola de Condução para tirar carta de moto pesada, se isso me animou. Nada.
Vou dar uma volta a isto. Apesar do dia continuar cinzento, apesar da chuva continuar a cair, apesar de... e de..., vou dar a volta por cima. Não é assim que tenho feito de outras vezes? Não é assim que tem de ser feito?
Dei por mim a pensar que gostaria muito de sair, ir até Coimbra, estar com alguns amigos que ainda tenho por lá quem sabe até esticar a noite? Ir até à Vinyl , dançar muito. Nem sei como está a Vinyl , o Xano vendeu aquilo... Ou se calhar nem interessava o local, desde que estivesse em Coimbra e entre amigos, qualquer barzinho da moda (ou não) servia., desde que eu pudesse dançar, muito. Aceito sugestões. A que locais podemos ir, na noite de Coimbra ?
Eu sei, estou louca. Completamente. Será que a minha insanidade mental se transformou na minha forma de vida? É bem possível. Decidi soltar as amarras e o resultado foi a loucura. Internem-me. Não conheço os nomes dos hospitais psiqui á tricos portugueses, mas de entre todos deve haver um que me aceite. E que me deixe lá ficar até ao fim dos meus dias. Não mereço estar noutro lado. E lá ninguém mais se lembraria de mim... E de lá não traria mais dissabores a ninguém...
Enfim...
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