As coisas pequenas não significam muito, elas significam tudo.
Harvey MacKay
Sexta feira, fomos, o marido e eu, jantar a convite de uns amigos, a um restaurante muito simpático, cujo dono conheço há já alguns anos e com quem não me cruzo muitas vezes, facto pelo qual, aproveitamos para pôr a escrita em dia. Foi giro.
Saímos de lá e fomos beber um copo (não importa de quê) a um barzinho/discoteca, perto da praia. A música não era da melhor mas, aqui a menina, dançou que se fartou. Lá encontramos um casal amigo, a comemorar o aniversário da senhora. Estivemos juntos pouco tempo. Eles já estavam de saída.
Quanto a mim, diverti-me imenso. Dancei e cantei e, dançaria e cantaria muito mais, não fossem os novatos e o marido estarem cansados e, termos de nos levantar cedo no sábado, afinal íamos todos a uma festa de praia...
Duas horitas de sono e voltamos a encontrarmo-nos todos.
Um dos putos que estava connosco na noite anterior, pergunta-me:
- Estás com dores de cabeça? Tens a boca a saber a papel?
- Eu?! Não.Sono tenho, claro, afinal dormi duas horas... Mas, porque perguntas isso?
- Porque a Maria, está.
(Maria é a aniversariante da noite anterior)
- Cota sou eu, e estou cá para as curvas...
Sorri perante o ar admirado dele. E, ri quando ele me disse:
- E danças...! Ui... danças!
Gostei desta... O puto devia achar que sair connosco seria uma seca e ficou surpreendido com a vitalidade desta cota.
Soube há pouco, em conversa com o marido, que sempre que perguntavam ao puto como tinha corrido a noite, ele referia o facto de eu ter dançado toda a noite e bem...Eheheheheh.
Simplesmente, apetece-me fazer aquilo que simboliza os fracos: DESISTIR!
Positivismos à parte, estou cansada de dar um passo em frente e dez para trás. O esforço é inglório, desgastante e, gera um tumulto de sentimentos inclassificável.
Não quero isto para mim. Não foi o que escolhi. Não foi para isto que lutei.
Simplesmente...
DESISTO
Quem me manda a mim acreditar? Ninguém!
Acredito porque quero, porque sinto que devo fazê-lo.
Então, porque me queixo?
Sei, que sempre que acredito, o resultado é a desilusão, a tristeza e a frustração .
Nem sempre fazemos as coisas mais correctas. Umas vezes por burrice, outras porque acreditamos estarmos a agir correctamente.
Neste momento, sinto que não deveria ter acreditado. Sinto e sei que, se pudesse apagaria os três últimos anos da minha vida e recomeçaria tudo de novo. Mas isso é totalmente impossível.
Recomeçar, agora, que me apercebi dos erros, vai ser difícil e não me vai fazer sentir melhor.
Errei, sobretudo com as pessoas que mais me amam: os meus filhos e o meu marido. Dei-lhes falsas esperanças num futuro melhor, quando este apenas existiu na minha imaginação e na vontade da mudança.
Lamento, e peço perdão.
Não tinha o direito de vos arrastar para a minha loucura, nem de vos prejudicar com ela. Felizmente, apenas eu caí no fundo do poço. Consegui deixar-vos a boiar à superfície .
Talvez um dia volte a acreditar que tenho direito à luz que brilha sobre a minha cabeça. Neste momento, sinto que apenas mereço as trevas.
. ...
. De dois em dois o caracol...
. O que alguém escreveu sob...
. Saudade
. Pensamento (meu) sobre o ...
. Abraço
. Sim...