Sábado, depois do almoço, fui com o marido até ao local de encontro. Atrasados cerca de dez minutos, lá chegaram eles. Mochilas às costas, bonés nas cabeças, devidamente calçados e como é habitual, muito bem humorados.
Brincadeiras, brincadeiras e mais brincadeiras. Questionaram-me se iria fazer o trilho de canadianas. Risos, gargalhadas. Houve quem arriscasse: "Vai! Vai ao colo de cada um de nós. Ela não pesa muito e divido por todos não vai ser difícil." Seria bonito de se ver...
Posamos para a fotografia e lá partiram eles (mais elas do eles) em amena cavaqueira e de máquinas fotográficas em punho, prontas para o que desse e viesse.
No domingo fui ao Centro de Saúde realinhar a tala e fazer "um pé novo". Voltei para casa e foi banho de sofá o dia todo. Vi não sei quantos filmes na televisão (logo eu que quase não vejo televisão)...
Hoje, acordei cedo (para não variar) e fiquei à espera da equipa da RTP. À hora marcada, chegaram. Acho que a entrevista correu bem... agora é aguardar e ver a reportagem final, quando esta for para o ar... Sou demasiado critica...
Para hoje, está previsto mais um banho de sofá. Ver um filme da Pipi das Meias Altas. Acabar de ler um livro, que descansa tranquilamente, na mesa de apoio, aqui ao meu lado e, após o lanche, preparar o material escolar do filhote, para amanhã.
Estava eu, a teclar com uma amiga, quando fui supreendida pelo meu filho que me chamava (quase) aos berros. Corri para ver o que se passava e, não consegui conter as gargalhadas.
Em frente à garagem, muito bem alinhadas, estavam cinco bicicletas. Duas dos meus filhotes e as restantes dos amigos. Um pouco mais ao lado, um carrinho de jardineiro com algo que não consegui identificar de imediato mas, que após uma segunda olhadela, descobri ser uma piscina plástica. Piscina essa que era de um dos miudos que estava no grupo.
Bem, eu sei que o verão aqui por casa, não é um verão dito normal mas, este ano os miúdos ultrapassaram os feitos em anos anteriores.
A tenda das vizinhas, foi montada e desmontada (quando houve por estes lados ventos um pouco mais fortes do que o habitual e chuva intensa) mas, já voltou a ser montada. As bicicletas são quase diariamente "estacionadas" na garagem. Jogos de volei às cinco da matina, também já aconteceram. A "pista" de ciclismo, foi delineada à volta da casa, com direito a obstáculos e rampas para saltos.
Não contentes com tudo isso, hoje trouxeram uma piscina. Já a encheram de ar, detectaram um furo que entretanto já foi reparado e, amanhã vão falar com um vizinho para vir encher a piscina de água.
Até ao início das aulas será sempre assim... Cada dia uma aventura nova.
No relvado, o filhote e a vizinha mais nova, no alpendre, a filhota e a vizinha mais velha. O marido e eu já desistimos.
Os gritos são muitos:
- Eu vi um, eu vi um...
- Viste aquele?
- Eu vi um grande! Tu viste?
Sucedem-se as corridas para onde ninguém os ouça e expressam os seus desejos em voz alta.
- Eu vi... lindo, lindo.
- Ah! Este eu não vi.
- Este era grande.
De novo a correria...
Estão nisto, há pelo menos uma hora. Já acusam falta de desejos, mas não lhes falta a vontade de continuar na rua a olhar para o céu.
Hoje, excepcionalmente, não haverá hora para deitar. Afinal, não é todos os dias, ou melhor não é todas as noites, que se pode assistir a um espectáculo destes. Estão todos demasiado excitados com a "chuva de meteoros".
Com a chegada do verão a minha casa enche-se. São os amigos dos filhos, os amigos do marido, os meus amigos e os amigos comuns.
Julho, por excelência, é o mês em que o entra e sai se faz notar com maior intensidade. Prolonga-se, é claro, por todo o mês de Agosto.
A tenda, das vizinhas, já está montada há alguns dias à sombra do carvalho, ali no quintal. São lá passadas algumas noites, entre risos, gargalhadas e jogos, assaltos á despensa cá de casa, sempre dá para dormir qualquer coisa. Pelo menos é o que eles dizem...
Este fim de semana a tenda está de folga, que é com quem diz, não teve ocupantes. Em contrapartida, o sótão transformou-se numa tenda gigante. Dorme-se em qualquer sítio, nos puffs, no sofá, em colchões, enfim, por todo o lado mesmo.
A estrada é invadida por um bando infanto-juvenil, montado em bicicletas, às quais chamam "biclas", que voam em direcção à felicidade do momento, e que se reflecte em sonoras gargalhadas, rostos corados, corpos suados e uma sede desmedida.
Dizem-se estourados, mas ainda conseguem forças para jogar futebol e badmington. Rebolam-se na relva acabadinha de cortar e enchem de nódoas verdes, as t-shirts brancas que tem vestidas.
Depois do banho, o jantar. Tecem elogios à cozinheira, eu, e constatam que deram cabo de um garrafão de àgua. Risos. Sempre e, abundantes.
Há tempo para o Karaoke. Entre vozes mais ou menos afinadas, surgem canções em português e inglês. O silêncio tirou folga. Só volta a fazer-se sentir tarde, muito tarde (ou será cedo?).
Hoje, já acordaram. Já tomaram o pequeno almoço e já se fazem ouvir, na rua, claro.
- É mesmo bom viver no campo. Neste campo! - diz o Zé Pedro
Está na hora de preparar as coisas para ir até ao parque das merendas almoçar. O parque fica a 10 minutos de casa.
Se assim o entenderem, por voltas das 16.30 horas, haverá tempo para uma ida à praia... Logo se verá. Cabe-lhes essa decisão.feliz
"Não encares o teu aniversário como um sinal de velhice. Encara-o como um sinal de experiência."
Foi com esta frase, um forte abraço e muitos beijinhos, que a minha filhota me felicitou pelo meu aniversário.
A minha filha é convidada, com alguma frequência, para lanchar e passar o fim de semana, na casa de uma amiga. Como estão na mesma turma e, por insistência da mãe da menina em causa que, diz que a minha filha é um elemento de paz e tranquilidade entre as filhas, acabo sempre por deixar.
Quando a minha filha voltava para casa, havia sempre uma série de perguntas, da minha parte, claro, ás quais ela tinha de responder.
- Correu bem?
- Gostaste?
- O que comeste?
A esta última, invariavelmente ela respondia que, quer para o pequeno almoço, quer para o lanche, tinha comido CREPES.
- Quem fez os crepes?
- O pai da Catarina.
Ora, a história dos crepes já me estava a aborrecer. Apesar de ser considerada "cozinheira de mão cheia", eu e as massas não nos damos muito bem. Sempre foi assim. Pelo que, o pai da Catarina saber fazer crepes e eu não, irritava-me solenemente.
Propus-me então, a aprender a fazer crepes. Experimentei uma série de receitas e... nada. Ou a massa ficava muito líquida ou muito grossa. Não havia maneira de acertar com aquilo.
Que raiva!
A minha ira aumentava todas as vezes que me lembrava que o pai da Catarina sabia fazer crepes.
Vieram as férias e eu a pouco e pouco fui esquecendo os crepes e frustração de não acertar com a massa.
Um dia, em que fui às compras para a casa, convidei a minha filha a acompanhar-me, Ela aceitou e lá fomos nós ao hipermercado. Quando estavamos na zona dos congelados, a milha filha dá um pequeno grito de alegria. Olho para ela e vejo-a com uma caixa quadrada na mão e um sorriso vitorioso no rosto.
- Encontrei! Encontrei, mãe!
- O que foi que encontraste?
- Os crepes que o pai da Catarina faz!
Fiquei "pi-ursa".
- Então, os crepes que o pai da Catarina faz, são crepes congelados?
- Sim, são. É só preciso pô-los 90 segundos no microondas.
Desatei a rir às gargalhadas, só de lembrar-me das minhas tristes figuras a tentar fazer crepes e da raiva que senti por não lhe dar com o jeito.
Moral da história: não devemos agir sob o efeito da raiva. Teria evitado raiva, frustração e dispêndio de dinheiro, se tivesse colocado uma simples questão à minha filha:
- Como é que o pai da Catarina faz os crepes?
Hoje, quando fazia mais uma das muitas viagens como motorista dos meus filhos, fui surpreendida pelo tema de conversa entre o meu filho e uma vizinha.
Arco-íris. Onde começa e onde acaba o arco-íris?
Após alguma discussão, sobre a verdadeira localização do arco-íris, ali mesmo à nossa frente, e sobre o que se encontrava no final do mesmo, com divagações que ora passavam por um pote com ouro, ora terminavam num baú com pedra preciosas, o meu filho chegou à conclusão que o arco-íris era bonito, muito colorido, mas que era uma ilusão.
- Como a riqueza. Não é mamã?
- A riqueza também é uma ilusão, dizia ele com ar de entendido, porque nem mesmo ricos fazemos tudo o que queremos, nem somos mais felizes. Não é mamã?
Sorri e concordei.
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