Fechar capítulos, nem sempre é tão mal quanto parece. Para que se iniciem ciclos é sempre necessário fechar outros. No entanto, por vezes não estamos preparados para fazê-lo. Os motivos podem ser os mais variados. Ou porque simplesmente nos negamos a fechá-lo, ou porque estamos demasiado agarrados a factos que já não valem o que valiam, ou por um sem número de razões às quais nos prendemos e que nos impedem de avançarmos.
Sou o reflexo disso mesmo. É urgente fechar ciclos. Para além de urgente é necessário. Virar a página. Deixar as mágoas no passado. Viver o presente. Pôr os olhos no futuro.
Mas a confusão, o caos que se instalou, impede-me de fazê-lo. Sei o que é certo. Reconheço a necessidade de o fazer, só não consigo fazê-lo.
E agora?
Fico parada. Não consigo agir. Sinto-me simbolicamente acorrentada ao ontem. Tenho os pés colados ao chão. A mente não funciona. O bloqueio é total.
Sinto que algo vai acontecer na viagem que se inicia hoje à noite. E que esse algo não é positivo. Regra geral os pressentimentos não me enganam.
Não consigo explicar, mas parece que forças invisíveis exercem um bloqueio para que a viagem não aconteça. É demasiada tensão.
Costumo viajar alegre e sem expectativas. Desta vez não estou a conseguir.
Aguardemos, então, o evoluir da situação. Às tantas ainda fico em casa e mando tudo pelos ares...
Quando digo tudo é, tudo mesmo. Faço um corte com uma série de coisas, inclusivé planos futuros.
Depois sento-me no chão a ver o que acontece...
Morri, ontem, lentamente, à tua frente.
Durou apenas meia hora, o silêncio surdo-mudo, das palavras não proferidas.
Não houve um olhar, um adeus, um até sempre, ou até um SÊ FELIZ!, nada. Apenas o silêncio incómodo da indiferença.
Eu senti, que naquele momento, morri.
Morri... para ti.
. Adeus
. Morri
. De dois em dois o caracol...
. O que alguém escreveu sob...
. Saudade
. Pensamento (meu) sobre o ...
. Abraço
. Sim...