Quarta-feira, 16 de Dezembro de 2009

Dia "D"

Amanhã, será o dia "D"...

 

Pode muito bem ser o início de uma etapa irreversível, ou ser, simplesmente, um ponto final na linha da vida.

escrito por Eusinha às 20:40

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...

Desde o início soube que o ano de 2009 seria um ano de mudanças; Sei, da mesma forma que 2010 será o ano de começos e recomeços.

sinto-me:
escrito por Eusinha às 20:37

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Sábado, 1 de Agosto de 2009

A sua cidade

Eram muitas as saudades, eram grossas e abundantes as lágrimas que lhe rolavam pelo rosto. Não sabia como as coisas tinham chegado àquele ponto...

Como fora possível permitir-se a  tal ausência?

Como pudera acomodar-se a uma realidade que não era a sua?

Como... como se permitira ficar longe de casa, do rio, do ruído do comboio a rolar sobre os carris, do gemido das guitarras, dos fados sentidos, das ruelas, da cabra na velha torre?

Como?!

 

Ali, parada, a ver o rio, sentiu que algo ficara para trás. Procurou respostas para cada uma das questões. Os porquês eram abundantes e as respostas escasseavam....

 

Ah, como amava aquela cidade... como eram suas as águas daquele rio... e como sentia que ali era o seu lugar...

 

Percorreu a distância entre o Largo da Portagem e a Praça 8 de Maio, com um misto de angústia, saudade, felicidade e insegurança. Entrou na Igreja de Santa Cruz e, rezou. Rezou como nunca tinha feito. Agradeceu o facto de lá estar e, voltou a chorar pela incerteza de um futuro que, por si só, não lhe sorria.

 

Precisava urgentemente encontrar a alegria de viver.

 

Regressou ao hotel, entrou no quarto e atirou-se para cima da cama. E, chorou. Chorou tanto que se lhe esgotaram as lágrimas e adormeceu.

 

Acordou cedo decidida a lutar. Sabia o que queria. Queria ficar ali. Ali, naquela cidade, iria viver o seu presente e projectar o seu futuro. Ali, tinha certeza, seria feliz.

sinto-me: sonolenta
música: Canção do Regresso, Luiz Goes
escrito por Eusinha às 23:50

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Sexta-feira, 8 de Maio de 2009

Fechar capítulos

Fechar capítulos, nem sempre é tão mal quanto parece. Para que se iniciem ciclos é sempre necessário fechar outros. No entanto, por vezes não estamos preparados para fazê-lo. Os motivos podem ser os mais variados. Ou porque simplesmente nos negamos a fechá-lo, ou porque estamos demasiado agarrados a factos que já não valem o que valiam, ou por um sem número de razões às quais nos prendemos e que nos impedem de avançarmos.

 

Sou o reflexo disso mesmo. É urgente fechar ciclos. Para além de urgente é necessário. Virar a página. Deixar as mágoas no passado. Viver o presente. Pôr os olhos no futuro.

 

Mas a confusão, o caos que se instalou, impede-me de fazê-lo. Sei o que é certo. Reconheço a necessidade de o fazer, só não consigo fazê-lo.

 

E agora?

 

Fico parada. Não consigo agir. Sinto-me simbolicamente acorrentada ao ontem. Tenho os pés colados ao chão. A mente não funciona. O bloqueio é total.

 

 

sinto-me:
escrito por Eusinha às 12:36

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Sábado, 3 de Maio de 2008

"PROIBIDO PROIBIR"

Entrei na livraria à procura de novos livros. Encontrei um que me despertou a atenção e foi esse que decidi trazer. Já perto da caixa, descobri um cartaz com o sinal de proibido traçado e em letras visíveis à distância, dizia "PROIBIDO PROIBIR".

 

Nunca duas palavras fizeram tanto sentido. Procurei nos bolsos, e descobri, alguns trocos que juntos ao dinheiro que eu tinha para o livro, iriam permitir que eu trouxesse os dois; o livro e o cartaz.

 

Ao chegar a casa, afixei o cartaz na porta do meu quarto. A reacção dos meus pais, não foi a melhor, pelo menos à minha frente. A minha mãe proibiu-me de ter o cartaz afixado e eu, numa rebeldia própria de uma adolescente a tentar afirmar-se, respondi que era proibido proibir. Fingindo uma irritação que não tinha, o meu pai zangou-se. Descobri mais tarde que ambos se tinha divertido com a situação e não tinham tido intenção de retirar o cartaz da porta do quarto.

 

Descobri, também, alguns anos mais tarde, que o meu cartaz (que ainda guardo), reproduzia uma frase que havia sido slogan na revolução estudantil em Maio de 1968, em Paris. Um gurpo de estudantes universitários, discordantes da politica de ensino e não só, liderados por um jovem de nome Daniel Cohn-Benedict, também conhecido por "Daniel, o vermelho", insurgiram-se contra o poder político francês e ganharam o apoio de todo um país, nomeadamente os trabalhadores fabris, que a pouco e pouco, durante todo o mês de Maio, se foram manifestando, levando a que ocorressem transformações de fundo no aparelho governamental da altura.

 

Sem lhe conhecer o rosto, fiz de "Daniel, o vermelho" o meu herói secreto.

 

Um dia, já adulta, liguei a televisão e vejo um senhor sentado, a falar da revolução de Maio de 1968. O senhor era francês. Vestia informalmente e parecia bastante descontraído. Em rodapé vejo surgir o nome do meu herói. Fiquei paralisada de emoção. Ele estava ali. Do outro lado do ecran.

 

Sentei-me a ouvir o que ele dizia e valeu a pena. Descobri que naquela altura era presidente de câmara (não retive o nome da localidade), que não usava fatos- vestia-se consoante a sua vontade e não consoante as reuniões ou cerimónias onde iria participar, que as decisões mais importantes não eram tomadas no gabinete mas sim no terreno, com verdadeiro conhecimento de causa.

 

Hoje, quarenta anos passados sobre a revolução estudantil, questiono-me muitas vezes sobre o que faz falta em Portugal.  Se calhar uma estrondosa união entre os portugueses que pagam a factura, se calhar trazer para o terreno os nosso políticos de gabinete, se calhar incutir-lhes uma politica de poupança (a começar pelos fatos caros que compram e dos quais não necessitam porque a vontade e as decisões não lhes vem dos fatos...), retirar-lhe as viaturas top de gama, das quais não precisam, podem muito bem andar em outros veículos mais baratos e mais económicos, etc.

 

Afinal, senhores, estamos em crise. Nós! Eles NÃO!

 

 

escrito por Eusinha às 09:03

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Segunda-feira, 28 de Janeiro de 2008

O milagre e o vinagre

Ultimamente, tenho-me dado conta, do quanto as pessoas estão insatisfeitas face aos seus relacionamentos.

 

Existe um descontentamento, um azedume, um desconforto, uma falta de amor próprio, um anular, um acomodar forçado, e um constante adiar...

 

Questiono-me muitas vezes, se será o acreditar numa alteração favorável, que fará com que se vá ficando... ficando.... ficando... preso a pessoas, situações e ilusões.

 

Mesmo não acreditando que tenha sido este o mote para que António Aleixo, escrevesse a quadra que abaixo transcrevo, pareceu-me adequada.

 

                                                             Vinho que vai pra vinagre

                                                             Não retrocede o caminho

                                                             Só por obra de milagre

                                                             Pode de novo ser vinho.

 

 

 

Estaremos, nós,  à espera de um milagre? Acreditaremos, ainda que de uma forma subtil , que depois de algumas agressões (independentemente do tipo) possa haver um retorno? Que as pessoas voltarão a ser o que eram antes? Que os relacionamentos irão melhorar?

 

Estaremos à espera de ouvir, da mesma boca que disse "ODEIO-TE!", um doce e maravilhoso "AMO-TE!"?

sinto-me: à procura de respostas
escrito por Eusinha às 18:46

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Quarta-feira, 16 de Maio de 2007

Retrato do meu futuro

 

Este mês de Maio não está a ser fácil. Há no ar uma conspiração de forças negativas e destruidoras que estão a deixar-me de rastos.

 

São uma sucessão de acontecimentos que se reflectem já no meu dia-a-dia, quer profissional quer pessoal.

 

Hoje, por exemplo, tive de ausentar-me do serviço, para ir ao encontro da minha filhota, que não estava nada bem.

Fui buscá-la à escola e levá-la a casa. Quarenta quilómetros no total, vinte dos quais fiz sozinha . O pensamento voou e projectou-me, face aos acontecimentos recentes, num futuro não muito longínquo - apenas a dez anos de distância.

 

O que surgiu, de uma forma clara, não me assustou, mas deixou-me alerta.

 

Eu estava sozinha , num apartamento tipo T2 , na cidade da minha paixão. Vivia sozinha .

A minha filha, independente profissional e economicamente, já tinha a sua vida definida e estruturada, perto de mim, mas num espaço dela. O meu filho estudante universitário noutra cidade, apenas regressava a casa no fim de semana e nas férias.

A minha única companhia era um peixe vermelho, no aquário.

Do meu marido, nem sinal. Nem imagino o que lhe possa ter acontecido.

Eu continuava a ser funcionária pública.

 

Olhei para a projecção da minha imagem e vi-me envelhecida, nos meus cinquenta e quatro anos...

A cultura acompanhava-me na forma de livros, cinema, teatro e concertos. Era, para além do meu peixinho vermelho, a minha companhia.

Mesmo assim, senti uma paz...

Parecia feliz e tranquila com a vida que tinha.

 

Será que estou actualmente a desenhar o meu futuro da melhor forma? Terei de fazer algumas correcções?

 

 

sinto-me: Apreensiva
escrito por Eusinha às 13:55

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