Quinta-feira, 12 de Novembro de 2015

Cansa-me o egoísmo

Estou cansada! 

Olho à minha volta e fico cansada. Todos nós temos um umbigo. Alguns nós olham para o seu umbigo alguns minutos por dia, outros nem isso. Mas, há sempre que olhe para o seu umbigo durante todo o dia, todos os dias, inclusive enquanto dorme. Estes últimos, conseguem a proeza de estarem focados durante 365 dias/ano... Estes são os egoístas.

Tudo o que os egoístas fazem, fazem-no em proveito próprio. Até mesmo quando "ajudam" alguém, até mesmo quando partilham algo com alguém, fazem-no porque podem obter algo em troca, nem que seja a elevação do seu ego.

Geralmente querem ser o centro das atenções. Os seus problemas são sempre maiores do que os dos outros; a sua voz sobressai sempre acima das vozes dos outros intervenientes nas conversas; o seu tempo é sempre utilizado para aquilo que lhe dá prazer ou proveito e perdem constantemente a noção da realidade.

Como perdem a noção da realidade, prejudicam quem, por sentido do dever, tem de conviver assiduamente com eles. Instalam-se em louros que não são seus e exibem-nos como se estes lhes pertensessem.

 

Estou cansada!

Creio ter atingido o limite da tolerância para com este tipo de gente. E, estou rodeada dela. Que tristeza! Que cansaço!

 

 

 

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escrito por Eusinha às 11:11

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Segunda-feira, 11 de Maio de 2015

Apetece-me dizer um palavrão

Uma mulher acorda bem disposta. O dia tem uma daquelas temperaturas deliciosas que nos faz pensar no verão, nas férias  ... 

Toca o telefone, atendemos com um sorriso nos lábio e energia na voz. O efeito dura pouco. Do outro lado, a nossa interlocutora tem para nos dar uma notícia triste,

A J., de apenas 50 anos, está internada, em fase terminal, induziram-lhe o coma... Aguarda-se o pior...

A revolta cresce. É tão nova. Tão cheia de vida. Dona de uma contagiante alegria de viver.

A mim, bem, a mim só me apetece dizer... "F*&@-+#"!

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escrito por Eusinha às 17:02

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Quinta-feira, 28 de Agosto de 2014

Bom dia! E um sorriso.

 

Com as férias a chegar ao fim, o movimento na cidade, cresce e o bom dia é dado mais amiúde.

 

A Clara, abriu um sorriso quando me viu e disse:

- Estava a pensar que me apetecia abraçar alguém e aparece-me tu!

O abraço foi dado, o sorriso iluminou-se, trocamos votos de um dia feliz e seguimos em sentidos contrários.

 

O senhor Ribeiro, aposentado há já uma mão-cheia-de-anos, levantou-se cedo e por não suportar o calor que se fazia sentir em casa, saiu e sentou-se debaixo das amoreiras, na praça em frente à escola.

Levantou o braço quando me viu, sorriu e deu-me um sonoro "bom dia!".

 

Um pouco mais ao lado, um senhor, cujo nome já esqueci, mas que conheço há algumas décadas, faz-me uma vénia e retribui com um sorriso ao meu "bom dia!".

 

Até o Damião lá estava hoje. Também ele foi saudado e me saudou com um bom dia cheio de energia positiva.

 

A senhora que varre as ruas por onde passo habitualmente, não é de cá. Sei-o pela pronúncia. Deve ter ido de férias à terra e já está de volta. Ao meu "bom dia!", responde-me com um "bom dia, amiga!".

 

Ao passar em frente à pastelaria, encontro à porta, a rapariga que trabalha na loja de lingerie. Também a ela é oferecido um risonho "bom dia!".

 

Não deixa de ser curioso, a quantidade de pessoas para que sorrio, logo de manhã; pessoas a quem dou bom dia. Algumas conheço-as pelo nome, conheço parte da sua história de vida, outras não. Mas, nada me impede de as saudar. Quero acreditar que, da mesma forma que fico feliz por ser saudada, o mesmo acontecerá com elas. Quem sabe o meu "bom dia!" e o meu sorriso, não lhes dará algum alento para efrentar um novo dia, uma nova semana?

 

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escrito por Eusinha às 11:42

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Sexta-feira, 11 de Abril de 2014

Entre partir e ficar

Sigo o trilho ao contrário. Afasto-me do que quero, porque quero, ciente de que aquilo que quero não é o melhor para mim.

Revisito locais e gentes de uma felicidade passada, de sorrisos escondidos e gargalhadas contidas. Revejo rostos amigos e amados.

Qual filme projectado a uma velocidade superior, correm-me em frente aos olhos baços pelas lágrimas, imagens de tempos melhores, de lugares melhores, de sentimentos melhores.

 

Sento-me e contemplo o meu rio. Ontem o café encheu-se e cantou-se o fado. Ouviram-se vozes antigas, gastas pelo tempo e pela vida e, ouviram-se outras, frescas e límpidas, como deve ser a vida, e o amor e a felicidade. As capas negras foram despidas e os abraços aconteceram à medida que se iam em bandos, afastando dali, de mim.

 

Indecisa, contemplo a cidade. A ponte é a saída e a liberdade. Mas, quem disse que quero ser livre? A minha voz interior questiona-me: E, não o queremos todos? Não sei! Não sei se quero ser livre da cidade que me aprisiona os sentidos ou prisioneira do amor que por ela sinto.

 

Esta é, inda que não sendo, a minha cidade.

 

Parto! Parte o meu corpo, o meu eu, esse fica, como sempre na parte velha da cidade...

 

 

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escrito por Eusinha às 16:21

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Sábado, 1 de Fevereiro de 2014

...

Ainda que o silêncio seja longo, estou viva!

 

Vivo entre o aqui e o agora, tentando sorrir, sim tentando, que a vida não está para graças e, levo o meu sorriso a quem dele mais precisa.

 

A vida muda! E muda-nos!

 

E, nós crescemos, evoluímos. Descobrimos quem é, e deve ser, e quem foi e nunca deveria ter sido.

 

Malas são feitas e desfeitas. Abraços são dados à chegada e à partida.

 

Emoções são sentidas e nunca negadas...

 

 

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escrito por Eusinha às 10:55

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Segunda-feira, 13 de Junho de 2011

Sentir pena ou vontade de rir?

Um estudo da Universidade Fernando Pessoa revela que os Portugueses riem cada vez menos. Ao ler esta notícia, lembrei-me de um certo chefe de gabinete, que proibiu as funcionárias do serviço de rirem.

 

Para além da pouca vontade que ainda possamos ter, aparece um besta de gravata (porventura pensando que por usar gravata pode ser considerado alguma coisa que não o é enquanto pessoa) a proibir o riso, cada vez mais escasso, de cada uma das funcionárias daquele departamento. Sim, PROIBIR!

 

Proibiu de rir, de andarem de saltos altos no corredor (diz que o barulho dos saltos lhe impede a concentração, coitado!) e sabe-se lá que mais, aquele infeliz, se prepara para proibir. De respirar?! Será que o simples facto de alguém respirar à sua volta, o desconcentra?

 

Eu, que tanto gosto de uma boa gargalhada, daquelas saídas da barriga, sonoras e que me abalam o corpo todo, ter-lhe-ia respondido assim:

 

- Se o senhor gosta da sua vida a preto e branco, isso é consigo. Eu gosto da minha a colorido!

 

Para si, senhor chefe de gabinete, a minha melhor gargalhada: Ahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahah!

 

Chega?! Ou quer mais?!

 

 

Nota: Ainda que, nestes últimos tempos, o riso não seja meu companheiro, espero recuperar a vontade de rir. Rir,rir muito.

 

 

 

 

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escrito por Eusinha às 18:29

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Sábado, 14 de Maio de 2011

Quereres

Hoje, queria um quarto,

uma cama (não importa a largura),

rosas e velas espalhadas por todo o espaço,

um vinho fresco, para nos refrescarmos (e aquecermos de seguida).

 

Hoje, queria o teu beijo, o teu cheiro e o teu sabor,

o teu corpo nu...

 

Hoje, queria tanto, fazer amor...

Contigo!

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escrito por Eusinha às 16:24

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Quinta-feira, 7 de Abril de 2011

Analogia para hoje...

Os sucessivos Governos Portugueses e, não descarto nenhum deles, provocaram no País um estrago em tudo semelhante ao das térmitas na madeira seca... Destruíram o âmago. O que se via de fora, nada mais era do que uma fina película que virou pó quando lhe tocaram de perto.

 

A acção das térmitas não tem resultado imediato, mas sim a médio/longo prazo, mas os estragos são irreversíveis se não se agir com determinação e atempadamente...

 

 

sinto-me:
escrito por Eusinha às 22:01

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Domingo, 27 de Março de 2011

Quero

Quero despir esta pele e, vestir outra

Mais leve, mais alegre, mais feliz.

Quero deambular sorridente

Por entre as àrvores

E sorrir como resposta

Ao chilrear da passarada.

 

Quero cheirar a rosa que desabrocha ao meu lado

Sentir a Primavera nos cabelos.

Quero sentir-me viva e vivida

Por cada dia passado, por hoje,

E pelo futuro viajar, sem medo,

Aqui e agora.

 

Quero apenas a liberdade de ser.

De estar, de sentir.

Quero deixar-te lá bem atrás

Onde ficam as memórias

A esquecer.

 

Quero!

 

 

 

 

 

 

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escrito por Eusinha às 14:14

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Domingo, 28 de Novembro de 2010

Cântico Negro, José Régio

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!

 

 

 

P.S. É exactamente isto: "Não sei por onde vou, não sei para onde vou, SEI QUE NÃO VOU POR AÍ!

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escrito por Eusinha às 14:25

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